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A vida imita a arte ou a arte reproduz a vida?

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Seção: Painel Livre
Artigo: A vida imita a arte ou a arte reproduz a vida?
Autor: Bartyra
Posto: Recife (PE)
793/13/03/2008

Nos últimos anos na entrega do Oscar em Hollywood, têm sido laureados com a famosa estatueta alguns filmes, cujos principais protagonistas são os "serial killers" - pessoas denominadas sociopatas que com requintes de crueldade sentem prazer em matar, sempre mais um, como se numa fila indiana as suas vítimas aguardassem o gesto definitivo de suas mãos que os levará à morte sem explicações.

No dia 24 de fevereiro de 2008, sob os olhos de uma plateia internacional, dois dos filmes premiados não fugiram à regra. "Sangue negro" e "Onde Os Fracos Não Têm Vez".

A vida imita a arte? A arte reproduz a vida? Eis uma questão que poderá gerar muitas discussões filosóficas, sociológicas, antropológicas, psicológicas, etc. Mas, aonde chegaremos no final das réplicas e tréplicas? É importante saber?

O fato é que estamos vivendo numa sociedade violenta, na qual os crimes se sucedem pelos motivos mais banais. Quem ensinou a quem que matar é insignificante? A vida à arte? A arte à vida? O que leva tantos jovens, geralmente estudantes norte-americanos a invadirem universidades, matarem várias pessoas e depois suicidarem-se?

No CVV, às vezes somos procurados por pessoas portadoras de distúrbios de personalidade sociopática, desde os que nos revelam pequenas infrações sociais até os grandes crimes. Alguns plantonistas também presenciam por parte da outra pessoa tentativas de manipulação com o propósito de desarticular o grupo, boicotar o trabalho, espalhar a maledicência, fazer exigências descabidas, ameaças etc.

E nos vem a indagação: será que na vida já não há mais vez para gestos de luta e solidariedade da "estatura" de uma Tereza de Calcutá? De um Martin Luther King? E será que na arte já não existe mais espaço para filmes, por exemplo, do teor de dois grandes premiados do passado: "Como era verde o meu vale" e "Casablanca"? Será que já não há a oportunidade para se assistir a um extraordinário ator, representando um cego, dançar um tango inesquecível como em "Perfume de Mulher"?

Claro que nada está perdido. Na própria entrega do Oscar/2008, o mundo também assistiu a uma artista europeia receber o prêmio de melhor atriz pela sua belíssima interpretação em "Piaf - Um hino ao amor". E quantos existem por aí cantando este hino na proporção do amor universal, muito embora no anonimato de ações de fraternidade que não chegam à mídia? Ou ainda por trás de um fio telefônico, no recato de uma cabine ceveviana? E tudo em prol da vida!

Bartyra / Recife (PE)


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